Tenho acompanhado com interesse a cena da música mais extrema feita no Brasil, e o evento Kool Metal Fest proporcionou a oportunidade ideal para conferir num mesmo show cinco nomes em destaque da cena nacional em 2019. O Carioca Club foi o local escolhido para acolher à um bom público, que desde o início da tarde de domingo populou o espaço de forma pacífica e paciente, tendo em conta as constantes invasões de palco, os habituais mosh e rodas-punk, e o considerável atraso da atração principal da noite: os mexicanos Brujeria!
Uma criança anuncia a banda Brujeria |
Yasmin, voz/guitarra do Eskröta |
O Cemitério, projeto liderado pelo vocalista e multi-instrumentista Hugo Golon, foi o próximo a subir ao palco para destilar seu death/thrash old school. Há cerca de 5 anos que o projeto existe, recuperando uma sonoridade retrô pautada por letras em português que narram estórias de filmes horror. Ao vivo o Cemitério conta com músicos competentes, enquanto Hugo se concentra apenas na voz. Um registro que em momentos me lembrou o saudoso Carlos 'Vândalo' (Dorsal Atlântica) do tempo do Antes do Fim. O quarteto destilou músicas de seu álbum homônimo de 2014, assim como de seu mais recente EP Oãxiac Odèz dedicado a obra do cineasta Zé do Caixão. Para o fim ficou um dos temas mais entoados pelo público presente, o 'clássico' Pague para Entrar, Reze para Sair. O Cemitério é um grupo que poderia ser beneficiado pela utilização de recursos audiovisuais ou até mesmo props de palco, no entanto foi o único que sequer utilizou o painel de fundo. No geral foi um show bem simples, um pouco monótono, mas super eficiente na entrega.
Hugo Golon, voz do Cemitério |
Leeo Mesquita, vocalista/guitarrista do Surra. |
Fernanda Lira, baixista e vocalista do Nervosa |
Os irmãos Kolesne do Krisiun |
Brujeria |
Kool Metal Fest 2019
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