A banda STRESS, pioneira do heavy metal no Brasil, veio a São Paulo comemorar seus 40 anos de carreira, e fez um show memorável na capital de São Paulo, integrado no projeto cultural de música extrema do SESC. O Metal Open Mind esteve presente para testemunhar a apresentação do grupo paraense, e aproveitou a oportunidade para entrevistar seus integrantes para a rubrica Bastardos do Brasil, coluna mensal do programa Eclipse Metálico que é transmitido pela rádio Marcoense FM de Portugal. O trio composto por Roosevelt Bala, André Chamon e Paulo Gui estava bastante animado com a oportunidade, e em dado momento da entrevista, revelaram: "Uma novidade também é que a gente está vindo com um novo guitarrista, o Emerson Lopes, que já gravou as faixas inéditas. Já que o nosso amigo Paulinho Gui, depois de 35 anos de banda, vai agora pegar novos rumos. Ele vai preparar terreno pra gente lá na Europa, pra quando a gente sair daqui, chegar lá como um quarteto". Ouça a versão editada da entrevista transmitida em Portugal no player abaixo:


Apesar de existir, ou melhor, persistir há 4 décadas, o trio ainda baseia seu set em músicas de seus dois primeiros trabalhos, o debut homônimo de 82, e o clássico "Flor Atômica" de 85.  Os temas "Sodoma e Gomorra" e "Mate um Réu", que curiosamente estão em ambos os discos, abriram e encerraram (respectivamente) a primeira parte do show, num desfile de clássicos entoados em coro pelo público presente - de todas as idades - que quase lotou a grande sala do Sesc.

Stress

Na segunda metade do show tocaram algumas composições mais recentes, ainda inéditas em CD, tais como "Heavy Metal É A Lei", a novidade "Anjo Perdido" com Bala apresentando o novo guitarrista Emerson Lopes, "Coração de Metal" (essa foi editada apenas em Portugal, como bônus no álbum ao vivo "Live 'n' Memory" de 2009), e finalmente o hino "Brazil Heavy Metal" do documentário de mesmo nome, encerrando em grande a sua apresentação. Se em disco as músicas do grupo sempre ficaram um pouco abaixo em termos de qualidade de gravação, ao vivo o grupo compensa em adrenalina e execução, dissipando qualquer dúvida de sua competência técnica, humildade e coesão.

Roosevelt Bala

Seu último álbum de estúdio (III) foi lançado há mais de 20 anos, e mostrava um Stress mais hard rock e sentimental, e essa mudança na sonoridade e postura, colocou-os num longo período de hibernação. Aos poucos o grupo vem dando mostras de que fez as pazes com o heavy metal de raiz que os popularizou, e o tão aguardado quarto álbum de originais já tem edição garantida para 2018. Pelas amostras dos últimos anos, fica claro que será o melhor disco do Stress, um álbum que irá coroar definitivamente o mais antigo representante do estilo no Brasil.

Festa de 40 anos de carreira do Stress em São Paulo

Descontração nos camarins da banda Stress