O Black Country Communion é um super grupo formado em 2009 pelo vocalista/baixista Glenn Hughes e o guitarrista Joe Bonamassa, contando ainda com o baterista Jason Bonham (filho de John Bonham do Led Zeppelin) e o tecladista Derek Sherinian (ex-Dream Theater). Após 3 ótimos discos de estúdio, Bonamassa deixa o projeto em 2013 e Hughes anuncia o fim prematuro do coletivo. O hiato duraria apenas 3 anos, e o BCC anuncia o regresso com Bonamassa em 2016, e o resultado da reunião está patente na edição de mais um ótimo álbum, este BCCIV lançado no ano passado.
As quatro primeiras canções do novo álbum tiveram videoclips de promoção, são elas: "Collide", "Over My Head", "The Last Song For My Resting Place" e "Sway", todas elas muito boas. O mais recente vídeo é "Wanderlust" lançado há duas semanas atrás. Dos restantes 5 temas que compõem BCCIV ainda dá pra destacar as zeppelianas "The Crow", "Love Remains" e a ótima "Awake".
A maior crítica que se pode fazer ao projeto é o resgate da sonoridade característica de bandas como Deep Purple e Led Zeppelin, o que ao meu ver surge de forma natural e satisfatória, afinal Glenn fez parte da formação do Deep Purple (MKII e MKIII), e Jason é um grande baterista (tal como seu Pai) e fez parte do show de reunião do Led Zeppelin em 2007, que resultou no lançamento do filme e concerto "Celebration Day" em 2012. Então eles não estão tentando reinventar a roda por aqui.
Resta saber se a parceria terá continuidade, pois Glenn, Joe, Derek e Jason são excelentes músicos, e estão envolvidos em outros projetos também. Não se sabe o real motivo da saída de Bonamassa em 2013, mas se não houver nenhuma conflito de interesses (leia-se "brigas de ego"), teremos mais do Black Country Communion no futuro. A capa do álbum passa a idéia do renascimento (Phoenix) do supergrupo, e reflete a importância de manter a formação inicial inalterada.
O classic rock está mais vivo do que nunca, e projetos como o Black Country Communion são mais que bem vindos no cenário da música atual, e servem no mínimo para lembrar que a fórmula de outrora do blues rock ainda funciona muito bem nos dias de hoje.
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