MOM 2015 TOP30 - Part 4/6

By Guzz69 - janeiro 09, 2016

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O LEPROUS é uma das bandas que mais me tem fascinado nos últimos tempos. Formados na Noruega em 2001, praticam um metal progressivo soturno e emocional como poucos. Depois do arrebatador Coal de 2013, as expectativas eram demasiadamente altas, no entanto a banda conseguiu a proeza de igualar a fasquia com este The Congregation. O que mais impressiona é a originalidade, aliada a uma extrema competência técnica e produção cristalina. A música é por vezes intrincada, sincopada, mas sem exageros de execução, e cresce a cada audição. Já a interpretação vocal de Einar Solberg é emotiva e cativante, e nos transporta com segurança por reinos obscuros e inexplorados de sua alma.

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Outra grata revelação deste ano é o grupo de rock alternativo MAN AS MACHINE. Oriundos da África do Sul, praticam uma sonoridade que nos remete ao início do movimento grunge, muito por "culpa" do guitarrista Rob Visser, cuja potente voz por vezes nos recorda Chris Cornell (Soundgarden). Patterns é o seu segundo trabalho de estúdio, e traz 11 canções rock, honestas e sem firulas. Não têm o apelo comercial dos compatriotas Seether, mesmo assim mostram potencial para serem grandes também.

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Pouco conhecidos no Brasil, o MUSTASCH é mais uma daquelas bandas energéticas e batalhadoras da cena Hard Rock Suéca. Surgiram em 98 e já lançaram 8 albuns de longa duração, sem contar vários EP, e discos compilatórios. Testosterone é a mais nova descarga sonora, onde peso e melodia são doseados com maestria por Ralf Gyllenhammar e Cia. Momentos explosivos como Down To Earth e a faixa título, são intercadados com temas mais cadenciados, e até baladas. Nada ao acaso, tudo muito bem feito e interpretado, e no geral o resultado é mais do que satisfatório.

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Confesso que relutei um pouco em incluir esta estréia de longa duração do projeto MYRKUR entre os melhores de 2015. Definitivamente, o Black Metal não está entre os gêneros musicais que mais aprecio, porém há diversos fatores em M que chamam a atenção e merecem o devido destaque. O diferencial da proposta está na dicotomia vocal da Dinamarquesa Amalie Bruun, e na abordagem "de extremos" pouco convencional dentro do gênero. A moça consegue ir do céu ao inferno sem pestanejar! Musicalmente o álbum contempla uma ambiência gótica, quase angelical, que invariavelmente descamba em rasgos de intensidade crua e desenfreada.

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Outra estréia em longa duração dígna de registro é Holy Charade do grupo PSALMS FOR THE DEAD SUN. Tive o prazer de conhecer e entrevistar a banda ao produzir o especial Atlas do Rock dedicado a Finlândia, e fiquei muito bem impressionado, não só pela simpatia e descontração de seus integrantes, como por sua música intrigante e original. Difícil de catalogar, sua sonoridade têm como referência o rock pesado e melancólico, beirando o doom metal, mas é a voz limpa e sensual de Jenny Malmberg que faz a diferença, trazendo um lado trip-pop poucas vezes visto dentro da música pesada.

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