No ano passado entrevistei a vocalista Brittney Hayes do Unleash the Archers para o especial Atlas do Rock sobre o Canadá. Eles haviam lançado "Time Stands Still" em 2015, debut para a Napalm Records, e estavam começando a mostrar seu potencial na Europa. Naquela oportunidade ela definiu a música praticada pelo grupo, como um Power Metal mix, com elementos sinfônicos e de metal extremo. Segundo seu depoimento, a composição musical seria sempre pautada de acordo com os sentimentos do momento, e que a base de tudo seria sempre o Heavy Metal, independente de sub-estilos.
Relembre a entrevista concedida para nosso podcast, na segunda hora do episódio abaixo:
Sólido e bem produzido, ouvir "Apex" é tudo menos decepcionante. Os vocais rasgados surgem pontualmente no meio da avalanche melódica proposta no álbum, mas sem nunca ofuscar o brilho da entrega vocal de Britney. Tais como os detalhes orquestrais, as partes agressivas estão perfeitamente inseridas nos momentos mais densos e sombrios das músicas. Sim, o Power Metal pode conviver com laivos de extremidade sonora também. E como é bom vê-lo forte e saudável em jovens bandas como o Unleash The Archers, que a cada álbum vem derrubando barreiras do preconceito, ultrapassando fronteiras de gêneros e estereótipos datados, e nos presenteando com suas melhores criações.
Confira o video oficial para o tema "Cleanse The Bloodline":
Para mim, o grande destaque do álbum é o tema "Ten Thousand Against One". Peso, melodia e intensidade na medida exata, numa levada meio Iced Earth, quase épico, e com um refrão demolidor.
Apesar da versatilidade, a proposta da banda é coesa e mantêm-se ao longo das 11 faixas, sem nunca descurar da vertente melódica ou do potencial comercial. Não por acaso entrou na tabela da Billboard pela primeira vez este ano, após uma árdua década de atividade. "Apex" é portanto, uma obra digna de figurar entre os melhores do ano em termos de Heavy Metal.
Guz69
0 comments