Em 2019 o Royal Hunt irá comemorar 30 anos de carreira, e para reforçar a vitalidade do grupo lançam este ano o ótimo Cast in Stone, seu décimo quarto álbum de estúdio em longa duração. Há muito tempo que acompanho o projeto, mas só recentemente consegui comprar um de seus álbuns, um ao vivo de 2006. Para a minha surpresa, pouco dias depois do garimpo, recebo um pacote da NorthPoint Productions com a versão digipak (opaca com textura tipo emborrachada) desta novidade. Para além do álbum que conta com um belíssima arte assinada por Alexandra Andersen e Vitaly Rubtsov, recebo também uma palheta de guitarra customizada com a arte do novo trabalho. Muito legal mesmo, thank you Alexandra! Para quem não sabe a NorthPoint Productions é uma empresa de produção musical criada por André Andersen em 1999, e que tem sido responsável pela maioria dos lançamentos de sua banda desde o álbum Paper Blood de 2005. Para além disso, a produtora mantém parceria com a Frontiers Records, editora italiana responsável pelo lançamento e/ou distribuição de grande parte do catálogo do Royal Hunt.

Royal Hunt

Criado por Andrè Andersen, tecladista russo e principal compositor do grupo, o Royal Hunt segue destilando seu heavy metal neoclássico sem desviar muito do que sempre fizeram no passado, ou seja, músicas bem construídas, arranjos impecáveis, refrões marcantes, e um desempenho técnico equilibrado, sem exageros individuais, mas muito eficiente em termos coletivos. O vocalista D.C. Cooper continua a frente do grupo, desde que retornou para uma tour especial em 2011, sendo este seu quarto trabalho de estúdio desde então. Claro que o grupo nunca mais emplacou o mesmo sucesso obtido na segunda metade dos anos 90, quando com Cooper gravaram os álbuns Moving Target e Paradox. Naquela altura sua música soava mais fresca e original, e o gênero neoclássico ainda contava com alguma relevância. Não que o trabalho atual seja ruim ou derivativo, muito pelo contrário, estas 8 novas canções são de ótimo nível, porém não apresentam nada diferente daquilo que já apresentaram anteriormente. Receio que agradará somente ao público mais fiel, já acostumado com sua sonoridade, uma vez que não acrescentam nada de moderno ou mais apelativo ao gênero. Trata-se portanto de um álbum honesto, bem produzido, e musicalmente muito equilibrado. Só estranhei mesmo a faixa título ser um tema instrumental, o mais curto do alinhamento cuja média ronda os 6 minutos de duração. Como falei antes, o material está todo no mesmo nível, mesmo assim destaco a faixa de abertura Fistful of Misery (video abaixo), pois para além de possuir todos os elementos habituais da sonoridade do grupo, também flerta ligeiramente com alguns recursos eletrônicos de produção comuns em álbuns do rock mainstream, com é o caso do Def Leppard por exemplo. Pelo lado mais convencional, destaco Rest in Peace, rápida, sinfônica e com um refrão que passa zunindo em nossos ouvidos; e também a faixa Save Me que encerra o álbum numa toada mais bluesy. Aprovadíssimo, e espero que 2019 traga novidades para comemorar as 3 décadas deste grupo, que continua a ser um dos maiores nomes do heavy metal dinamarquês.

Ontem, dia 28 de Outubro, foram realizadas as duas últimas semifinais do TIME4MUSIC, festival organizado pela OLB Produções. Os shows aconteceram simultaneamente em duas casas noturnas de São Paulo, e cada uma delas contou com 7 bandas classificadas durante a fase eliminatória. Dessas 14 bandas, saíram as 4 últimas finalistas para a grande final a ser realizada no dia 2 de Dezembro, no Carioca Club. No Skull Bar classificaram-se os grupos Zombie Jaeger Khan e O Porto, enquanto no Z Carniceria passaram para a final os grupos MD'94 e Pseudo.

MD'94

O Metal Open Mind esteve mais uma vez presente no Z Carniceira para conferir uma das semifinais do domingo. Mesmo sendo um dia de eleições no País, o público compareceu em bom número para apoiar suas bandas favoritas no concurso. Após um pequeno atraso, subiu ao palco o jovem e promissor grupo thrash Kryour, seguido do projeto Karyttah do vocalista Fábio Loffs. As duas bandas representaram as sonoridades mais pesadas da noite, os primeiros mais agressivos, e os últimos mais melódicos, fizeram ótimas apresentações, mas não conseguiram passar a fase seguinte. Mais feliz foi o grupo MD'94 que trouxe muitos simpatizantes e apoiadores ao seu show, e garantiu a classificação pelo voto popular. Fizeram um show burocrático, sem grandes destaques, recuperando aquele  pop/rock oitentista 'água com açúcar' que o público presente aprovou, cantarolando junto com a banda.

PSEUDO

Depois tivemos o Bravaguarda, com uma proposta interessante a que chamam de "folk de garagem', ou seja um blend de rock alternativo, indie, country e folk. Na sequência outro jovem grupo, o Pseudo, também apresentando um blend interessante, no caso de rock com samba. Só achei que abusaram das versões para canções bem populares da MPB, tais como "Trem das Onze" (Demônios da Garoa), as quais o público ajudou a entoar, convencendo os jurados de seu potencial através da consequente classificação para a grande final. Ainda passaram pelo palco do Z o Demarte, trio que pratica um rock cheio de groove, e cujo ótimo baixista também faz parte do projeto Branco ou Tinto. Fechando as apresentações da noite numa toada mais calma e balanceada, tivemos o Ohana, grupo liderado pela vocalista Lilia Garcia, com uma proposta musical que reúne elementos de pop rock, reggae, mbp, e soul. Encerradas as apresentações, não demorou muito para conhecermos os finalistas da noite.

MD'94 - Vencedor pelo voto popular

Pseudo - Vencedor pelo voto do júri

Agora com os 10 finalistas do TIME4MUSIC Festival já definidos, aguardamos o encerramento desta ótima iniciativa da OLB Produções, que ajudou a revelar 90 projetos musicais da grande São Paulo em uma verdadeira maratona de shows, e na qual a variedade e a qualidade dos projetos deram o tom. Anotem na agenda, dia 02 de Dezembro no Carioca Club em Pinheiros, estarão em palco as bandas O Espelho do Zé, Debreed, O Acaso Mora Ao Lado, Felipe D'Orazio, O Voo Livre, Cassino Jack, Zombie Jaeger Khan, O Porto, MD'94 e Pseudo. Nós do Metal Open Mind também estaremos por lá. E que vença o melhor!

Vem aí mais um evento de peso da produtora Abraxas, o show conjunto dos norte-americanos Earthless com os franceses Mars Red Sky no início de Novembro. Enquanto os primeiros fazem a sua estreia no Brasil, os últimos retornam ao País três anos após sua segunda passagem, formando assim uma dobradinha internacional com shows em São Paulo (Fabrique Club) e no Rio de Janeiro (La Esquina). Todavia, antes dessas datas conjuntas, o Mars Red Sky se apresenta em Palmas, Tocantins, sedentos para realizar apresentações memoráveis como foram aquelas das turnês em 2013 e 2015. O power trio francês transita facilmente entre o stoner e o doom psicodélico, com riffs pesados, muito fuzz, atmosfera mística, e uma impactante e peculiar identidade visual empregada nos shows. Na bagagem trazem seu último longa de estúdio Apex III - Praise for the Burning Soul de 2016, gravado e produzido na França por Gabriel Zander, assim como Myramyd lançado em 2017 de forma limitada e exclusiva em vinil. O EP traz uma única música, instrumental, gravada ao vivo, e com 17 minutos de duração. Confira abaixo os detalhes da tour bem como links para compra de ingressos.

Matgaz + Julien Pras + Jimmy Kinast = Mars Red Sky

Comemorando o quinto aniversário de atividades da Abraxas, a produtora e selo discográfico realizou seu primeiro festiival com apresentações no Rio de Janeiro e São Paulo. O EyeHateGod, grupo veterano da cena Sludge norte-americana, foi a grande atração do cartaz, e finalmente fizeram sua estreia no Brasil em 30 anos de carreira. O Samsara Blues Experiment também esteve presente, regressando ao país após tour bem sucedida no ano passado. Aliás o trio alemão também fez apresentações em Tocantins e Brasília, na véspera dos shows com o EyeHateGod no Abraxas Fest.

Noala

Sabadão, 13 de Outubro, lá fui eu mais uma vez ao Fabrique no bairro da Barra Funda em São Paulo. Cheguei a tempo de conferir a primeira banda, o Noala, grupo da capital que pratica um estonteante sludge/doom experimental. Confesso que desconhecia a sua existência até serem anunciados como uma das bandas de abertura do festival. Fui logo atrás de seu primeiro longa duração, "Humo" (2013), disponibilizado na plataforma Bandcamp em opção Name Your Price. Fiquei no mínimo curioso com a proposta de estúdio, e satisfeito em conferir sua descarga sônica ao vivo. Em palco o quinteto conta com dois guitarristas que se alternam na função vocal, ambos em descargas vociferadas e invariavelmente intensas. Contam ainda com uma sólida cozinha baixo/bateria, e um 'dj' que comanda os efeitos e programações eletrônicas que pontuam os interlúdios, e os momentos mais experimentais do grupo. Intensos em sua brutalidade contida, criam uma atmosfera soturna e condizente com o expurgo de sentimentos de frustração e amargura. Fizeram uma sólida apresentação, com direito a discurso pertinente após a última música. Um dos guitarristas, o único negro da banda, e provavelmente um dos poucos negros presentes no recinto, alertou para o momento conturbado vivido no País, que em véspera de eleição, carece de empatia e inclusão. O grupo também tocou músicas de seu novo álbum homônimo, lançado este ano, e disponibilizado pela Onerpm nas principais plataformas digitais.

Nossat, guitarra e voz do Into The Dust

Na sequência veio o Into the Dust, diretamente de Gama (Brasília), coletivo também conhecido pelas iniciais ITD e pela sonoridade arrastada e soturna, calcada nos pilares doom outrora erguidos por bandas como Black Sabbath e Saint Vitus na década de 70. Com duas demos e dois Ep's na bagagem, dão pisadas firmes rumo ao primeiro longa duração. O quarteto liderado pelo guitarrista/vocalista Nossat mostrou força e potência ao vivo, apresentando com exatidão seu repertório lento e pesado. A dado momento, Nossat faz um agradecimento especial ao baterista Humberto, que conseguiu chegar na hora do show após uma viagem de 14 horas de ônibus. A intensa descarga musical foi vagarosamente hipnotizando o público, que por sua vez era impedido de entrar em transe com o registro vocal imperioso e trovejante de Nossat. Apesar das canções serem lentas e longas, elas são bem construídas e captam a atenção para as letras, que em bom Português, traduzem a essência do caos e da escuridão, fazendo um equilíbrio interessante e original.

Christian Peter, guitarra, teclas e voz do Samsara Blues Experiment

Depois de duas intensas apresentações de aquecimento para a grande atração da noite, houve espaço para desobstruir a tensão acumulada com o stoner rock de contornos folk/psicodélicos do Samsara Blues Experiment. O trio alemão liderado pelo guitarrista/vocalista/tecladista Christian Peters, já é bem conhecido do público brasileiro, e foi ovacionado assim que pisou o palco para os ajustes pré-show. Tocaram apenas 5 canções, que somadas duraram cerca de 1 hora (!), cobrindo seus 3 últimos álbuns de estúdio. Instrumentalmente o trio é competente, mas a nível vocal ficou um pouco abaixo da expectativa. Não sei se por culpa da mesa de som, ou ao baixo protagonismo dela nas canções, mas o fato é que a voz de Christian não se destacou da massa sonora debitada em grande parte do  show. O público seguia absorvendo cada nota debitada em palco, com exceção de uma fã que se dirigiu ao técnico de som aos gritos, inconformada com tamanha indiferença em corrigir o problema. O fato é que a grande massa do público não pareceu se importar com esse "detalhe", muito mais interessada nos solos e improvisos instrumentais do trio. A minha maior crítica ao material apresentado, é que o mesmo poderia ser mais "enxuto", sem tantas repetições rítmicas. Certos momentos pareciam intermináveis, e consequentemente cansativos para quem não está familiarizado com a proposta da banda. Talvez por isso o meu destaque vai para a instrumental "Army of Ignorance", bem mais direta e pesadona. Dentre as mais longas (que ultrapassam os 10 minutos) destaco a ótima "Vispassana", retirada de seu mais recente trabalho "One With The Universe", um baita musicão, e provavelmente o mais progressivo da noite.

Mike Williams, voz do EyeHateGod

Por fim chegou a vez da atração principal, o EyeHateGod. Grupo de New Orleans, e talvez o nome mais sonante do sludge ainda em atividade no continente norte-americano. Confesso que foi um grupo que sempre me passou ao lado, muito embora admire várias bandas que os citam como grande influência. Claro que curto os riffs sabáticos, e a tonalidade negra e doomy de sua música, porém a costela punk meio desleixada da banda sempre me incomodou um pouco. De qualquer forma, eles estavam visitando o Brasil pela primeira vez em 3 décadas de carreira, e não tinha como não prestigiar o guitarrista Jimmy Bower (que gravou bateria em álbuns do Crowbar e Down) e o vocalista Mike Williams, que juntos formam o núcleo duro do EyeHateGod, os únicos remanescentes da formação original. Sem lançar material novo desde o homônimo de 2014, trouxeram ao Brasil um repertório que percorreu toda a sua discografia, privilegiando o aclamado "Take as Needed for Pain" de 1993, do qual tocaram 6 músicas. É claro que o grupo passou por muita coisa durante a carreira, mas é inegável a vitalidade que impuseram ao recrutar sangue novo para a seção rítmica, e desta forma seguir tocando o terror com seu som primitivo, sujo e cru. Jimmy Bower é um singular riff maker, simples e eficiente. Ele aprendeu bem as lições do mestre Tony Iommi, mas parece que faltou nas aulas de guitarra solo. O cara abdica de 2 cordas de seu instrumento, mas não abdica do seu cigarrinho em palco. Por outro lado, Mike Williams parecia um pouco distante, algo desconectado, mas foi fiel ao que dele se espera, com seus vocais rasgados e semi vomitados. O público, que em sua grande maioria era composto por fãs de longa data, pirou com sua apresentação. Eu, infelizmente não posso dizer o mesmo... achei monótono e cansativo, e acabei deixando o recinto ainda antes do encore. Esta foi uma daquelas raras noites, em que pude testemunhar performances mais interessantes de bandas nacionais na abertura em comparação com os gringos medalhões. Parabéns Noala. Parabéns Into The Dust. Parabéns a toda equipe da Abraxas que não poupa esforços em valorizar a música underground e original que se faz em nosso País. Obrigado por existir!

Jimmy Bower do EyeHateGod

EyeHateGod encerrando o Abraxas Festival

Foi disponibilizado esta semana o primeiro volume da compilação WOMEN IN METAL: LATINO AMÉRICA que reúne bandas de metal lideradas por mulheres. Cinco países estão representados na coletânea: México com 3 grupos (Anna Fiori, Misa Venenna e Sons Of Nephilim), Colômbia com 2 grupos (Behind the Mask e Herejia), Argentina com 2 grupos (Slania e Tahiel Project), e finalmente Chile (Nebel) e Peru (NMK) cada qual com 1 representante de seu País. Destaques para o metal sinfônico dos mexicanos Anna Fiori com o tema "El Ritual" extraído do álbum "In ohtli tonalli" de 2017, o poderoso death metal melódico dos peruanos NMK com o tema "Lack of Judgment" do álbum "Ravenous Spectre" lançado este ano, e o metal sinfônico do argentinos Slania com o tema "Forbidden" retirado do álbum "Proof od Existence" de 2016. Uma ótima iniciativa para conhecer a força das mulheres no metal underground da América Latina, e que só peca mesmo por não incluir nenhuma banda do Brasil. Quem sabe no próximo volume, não é? Lembrando também que em breve haverá uma versão no formato físico para os colecionadores. Clique aqui para baixar gratuitamente.

Primeiro Volume da compilação que reúne bandas com mulheres da América Latina

Ontem, dia 21 de Outubro, foram realizadas 3 semifinais do TIME4MUSIC, festival organizado pela OLB Produções. As semifinais aconteceram simultaneamente em diferentes casas de shows da grande São Paulo, e cada uma delas contou com 7 bandas classificadas durante a fase eliminatória. Dessas 21 bandas, 6 já garantiram lugar na grande final que acontece no dia 2 de Dezembro no Carioca Club. No Loop Music saíram classificados O Voo Livre e Cassino Jack, no Z Carniceria Debreed e O Acaso Mora ao Lado, e no Skull Bar Felipe D'Orazio e O Espelho do Zé.

O apresentador Rafael Maron e os jurados José Cardillo e Atilla Gonçalves no Z Carniceria

O Metal Open Mind esteve presente no Z Carniceira, durante uma das três semifinais do domingo, e presenciou o empate técnico entre as bandas Eutenia e O Acaso Mora Ao Lado pelo voto do Juri. Após alguma demora na deliberação pelos jurados José Cardillo e Attila Gonçalves, foi anunciado a definição do grande vencedor da noite: O Acaso Mora Ao Lado, grupo que também obteve o maior número de votos pelo público presente. Pelo voto popular passou Debreed, a segunda banda mais votada da noite. Mais uma vez, vale ressaltar a importância da presença dos fãs das bandas concorrentes durante todo o festival. Tal como aconteceu nesta noite, o público pode ser decisivo no resultado final.

Debreed - Vencedor pelo voto popular no Z Carniceria

O Acaso Mora ao Lado - Vencedor pelo voto do juri no Z Carniceria

Agora falta conhecer os últimos 4 finalistas, que sairão das duas últimas semifinais que acontecem no próximo domingo, dia 28 de Outubro, uma no Skull Bar e outra no Z Carniceria. O MOM estará mais uma vez presente no Z Carniceria, para acompanhar esta última fase eliminatória. Confira abaixo os flyers com as restantes 14 bandas que disputam as últimas 4 vagas na grande final. Outras fotos deste evento você encontra na página do Metal Open Mind no facebook.

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A Parlophone Records (BMG nos EUA) continua com a série de relançamentos do catálogo do IRON MAIDEN cobrindo seus 16 álbuns de estúdio em longa duração, do debut homônimo de 1980 ao último Book of Souls de 2015. A The Studio Collection - Remastered será lançada no formato CD Digipak com o alinhamento original da versão inglesa. As gravações são as mesmas que foram remasterizadas em 2015, e os álbuns serão lançados cronologicamente em séries de 4 durante os próximos 9 meses. Cada uma das 4 séries traz a opção de uma box especialmente desenhada que inclui um boneco da mascote Eddie em miniatura e um patch bordado exclusivo. No dia 16 de Novembro será lançada a primeira box destacando o álbum The Number Of The Beast. Todos os 4 álbuns desta primeira série já estão disponíveis em pré-venda.

Primeira série: 16 de Novembro
Iron Maiden / Killers / The Number Of The Beast (com opção boxset) / Piece Of Mind
Segunda série: Fevereiro de 2019
Powerslave / Somewhere In Time (com opção boxset) / Seventh Son Of A Seventh Son / No Prayer For The Dying
Terceira série: Abril de 2019
Fear Of The Dark (com opção boxset) / The X Factor / Virtual XI / Brave New World
Quarta série: Junho de 2019
Dance Of Death / A Matter Of Life And Death (com opção boxset) / The Final Frontier / The Book Of Souls (o único não remasterizado, mas em Digipak pela primeira vez)

A primeira box de colecionador dessa série em CD digipak destaca o álbum The Number of the Beast

O Iron Maiden completou recentemente a primeira parte de sua Legacy Of The Beast tour pela Europa. A turnê continuará em 2019 com a presença já confirmada no festival Rock In Rio. O mais recente registro da banda britânica é The Book of Souls: Live Chapter, que reúne 15 faixas gravadas ao redor do mundo durante a turnê que passou pelo Brasil em 2016, e inclui o tema “Fear of the Dark” gravado em Fortaleza, e “Wasted Yeats” gravado no Rio de Janeiro.

O Festival Time4Music organizado pela OLB Produções chegou a fase semifinal. Ao todo, 90 bandas passaram pelos palcos das 6 casas parceiras do evento durante a fase eliminatória. Das 35 bandas ainda em disputa (incluindo as 5 da repescagem por voto popular), só passarão 10 para a grande final em Dezembro, 2 de cada uma das 5 semifinais. Neste domingo, dia 21 de Outubro, acontecem 3 semifinais, duas na capital e uma em Santo André. No próximo domingo, dia 28 de Outubro, serão realizadas as 2 semifinais restantes na capital de São Paulo. Destas 5 semifinais sairão as 10 bandas finalistas do torneio.

Z Carniceria

Confira nos flyers abaixo, as bandas que participarão da primeira rodada semifinal a ser realizada simultaneamente em 3 casas noturnas da grande São Paulo: Loop Music, Z Carniceria e Skull Bar. Desta feita o MOM estará presente no Z Carniceria para conferir as bandas Eutenia, Antic, The Jams Of Militia, Debreed, O Acaso Mora ao Lado, Submerso e Foraz. Nos encontramos por lá!

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Mais uma vez de regresso ao Brasil, o Accept é recebido em São Paulo com casa cheia de fiéis e fervorosos fãs do grande tubarão alemão. Considerando que a última passagem da banda por terras tupiniquins foi no ano passado, eu arriscaria dizer que seriam muito bem recebidos se estivessem por aqui anualmente. Em 2017 precisaram cancelar uma apresentação em Fortaleza devido a um problema de voo, e agora neste regresso, cumpriram com sucesso toda a missão.

Accept no Carioca Club

Com um cenário de palco representando a atmosfera metálica de The Rise of Chaos, décimo quinto álbum de estúdio do quinteto alemão, não poderia ser diferente, a poderosa “Die by the Sword” abrindo esta grande noite com peso e energia. Na sequência a empolgante “Stalingrad”, do álbum de 2012, em alto e bom som. Com vigor, carisma e vontade, o quinteto não tarda em mandar “Restless and Wild” para o público aquecer a garganta cantando junto o refrão. De 1981, a maravilhosa “Breaker”, música emblemática e inovadora do Accept, contendo sua marca característica de velocidade, melodia e peso. Na sequência, sem muitas palavras, mas com muitos sorrisos de Wolf, Peter e Mark, é a vez de sons mais novos; “Pandemic”, “Koolaid”, “No Regrets”, “Analog Man”, “Final Journey” e “Shadow Soldiers” convencem a todos os presentes que estamos diante de uma aula de Heavy Metal para ninguém colocar defeito. Além da impecável qualidade de som e entrosamento afiadíssimo entre os músicos, é divertido curtir as coreografias ensaiadas durante as músicas. Agora é a vez de Mr. Wolf Hoffmann, sempre a frente do Accept, tomar conta do palco para devastar sua habilidade na Flying V, com um solo de guitarra composto pelo clássico “Bolero” de Ravel, e pelo trecho mais conhecido da peça “In the Hall of the Mountain King” de Peer Gynt. Arrebatador, com incríveis efeitos de guitarra, delay, octave e trêmolo que fizeram o Carioca Club parecer um estádio para trinta mil pessoas.

Accept no Carioca Club

Da fase antiga, o álbum mais lembrado da noite, “Restless and Wild”, foi a vez de “Neon Nights” e “Princess of the Dawn” em um dos momentos mais legais do show. “Monsterman” foi a única do excelente “Russian Roulette” e funcionou muito bem ao vivo. “Up to the Limit” e “Metal Heart” vieram para não deixar ninguém dormir nessa noite, e mais uma vez com a marcante influência da música erudita na guitarra de Wolf. É muito bacana ver o trabalho do guitarrista Uwe Lulis (ex-Grave Digger) com o Wolf Hoffmann. É um duo bastante afiado e coeso. O baterista Christopher Williams é uma aula a parte, o cara é um monstro de técnica e precisão. E começou destruindo com a próxima “Teutonic Terror”, na sequência, em introdução cantada pelo público, a aguardada “Fast as a Shark”. Delírio total dos metalheads presentes! O baixista Peter Baltes e o guitarrista Wolf, os únicos remanescentes da formação original, eram só sorrisos. O carismático vocalista Mark Tornillo, único americano do time, mantém sua presença forte, marcante e eficaz, com muita sutileza faz com que ninguém sinta falta de Udo. Se você fecha os olhos enquanto Mark canta as músicas do Accept, é possível visualizar o pequeno/grande Udo a sua frente. Ao mesmo tempo, eu diria, Tornillo cumpre o papel das vozes com mais simpatia e presença do que o frontman original. Em um esperado pedido de bis, mesmo sendo uma longa apresentação, tivemos “Stampede” e “Dying Breed” do forte “Blind Rage”, e finalmente a fundamental “Balls to the Wall”, imperdível e inabalável. Uma banda com tantos álbuns, e organizou seu setlist em torno de nove trabalhos. Senti falta de ouvir mais coisas de “Balls to the Wall” e “Russian Roulette”, e também de “Metal Heart” que fez tanto sucesso pelo Brasil, mas enfim, nem tudo pode ser perfeito. Memorável. Que voltem sempre.

A Against Me! é uma das maiores bandas punk da atualidade, com 20 anos de carreira e 7 discos de estúdio, sendo o mais recente Shape Shift With Me lançado em Setembro de 2016. Oriundos de Gainesville, na Flórida, ganharam notoriedade através de seu vocalista/guitarrista Thomas James Gabel, que anunciou sua transição de gênero na revista Rolling Stones em 2012. Laura Jane Grace, como é agora conhecida, vem ao Brasil pela primeira vez para três shows com sua banda Against Me!, e outros dois shows com seu projeto paralelo Laura Jane Grace & The Devouring Mothers.

Laura é hoje uma das personalidades trans mais famosas dos EUA, ativista LGBTQ+ e embaixadora das causas de gênero no mundo. Sua autobiografia, Tranny – Confissões da anarquista mais infame e vendida do Punk Rock, publicada nos EUA em 2016, entrou para a lista dos 100 melhores livros de música de todos os tempos da Billboard. O livro foi lançado no Brasil no dia 1 de Outubro pela Powerline Books (irmã mais nova da produtora de shows Powerline Music), que aproveita os shows dos projetos de Laura no Brasil para promover sessões de bate-papo e autógrafos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Confira todas as datas e infos adicionais abaixo.

O DARK DIVISION é uma banda de Hard'n'Heavy formada em 2015 por Ed Possari (guitarra) e Enio Everton (bateria). Em 2016 recrutam o vocalista Lucas Fernandes (ex-Sleaze Vice e B.I.T.E.) e gravam este Bring Down The Lies com a ajuda de Andria Busic, renomado músico que assina as linhas de baixo e a produção das 7 faixas do EP. Apesar do peso e de alguma velocidade que se ouve na faixa título e em "Spread Your Wings", o grupo também mostra grande desenvoltura e alguma maturidade musical em temas mais cadenciados, como na semi-balada "Reality" e na acústica ao piano "Time". Exemplos de um hard rock bem trabalhado na parte instrumental e refinado a nível vocal, tanto nas melodias com nos refrões. Aliás, essa costela hard rock se deve muito a influência de Dr. Sin, talvez por isso tenham chamado o Andria para a função em estúdio. O trampo de contrabaixo enriquece muito o material aqui apresentado, ao mesmo que o diferencia de um metal mais tradicional ou conservador, impondo dinâmica, interessantes harmonias, e "suavizando" de certa forma o resultado final. Negativo mesmo somente alguns clichês desnecessários, como por exemplo na levada Megadeth de "What I Am". A nível lírico "Boogeyman" também fica abaixo da média. Enfim, são deslizes até normais em um disco de estreia, mas que não comprometem o resultado final, que é sem dúvida muito bom, e merece a devida atenção.

Dark Division ao vivo no Manifesto Bar (30/09/18)

Recentemente tive a oportunidade de assitir o Dark Division em uma das eliminatórias do festival Time4Music, e pude constatar o potencial do grupo ao vivo. Na ocasião o grupo abusou dos covers de outros artistas em detrimento de seu repertório autoral. Uma decisão artística que pode ter custado sua prematura eliminação. Aliás, foi durante esta apresentação que consegui um promo de Bring Down The Lies pela mão de seu vocalista, o que motivou escrever essa resenha, mesmo que tardia. Atualmente o grupo conta com o baixista Pedro Ferreira (Gatorraio, All Devils Playque), e segue promovendo este trabalho ao vivo. Confira as músicas do EP no player abaixo disponível no bandcamp da banda.

Dark Division

O grupo de speed metal alemão IRON ANGEL faz apresentação única no Brasil no dia 28 de Outubro, integrado no cartaz do São Paulo em Chamas Festival. O evento contará também com as bandas nacionais Cemitério, Biter e Em Ruínas. Em Maio passado o grupo lançou seu terceiro álbum de estúdio Hellbound pela Mighty Music, após um hiato de 32 anos em edições discográficas. Os ingressos para o show estão a ser vendidos exclusivamente na loja física da Mutilation Recods, localizada na Galeria do Rock, no centro de São Paulo.

Iron Angel

O Iron Angel surgiu no início da década de 80, tendo alcançado alguma popularidade no Brasil com o lançamento de seus dois primeiros álbuns "Hellish Crossfire" (1985) e "Winds of War" (1986)) pela Woodstock Discos. O grupo foi reformado algumas vezes nas décadas seguintes, mas sem sucesso. A mais recente encarnação data de 2015, ano em que fizeram sua primeira visita ao Brasil na quarta edição do Guaru Metal Festival em São Paulo. O único remanescente da formação original é o vocalista Dirk Schröder. Confira abaixo o video para o tema "Ministry of Metal" de seu novo álbum.

O Dark Dimensions Folk Festival II está reunindo todos os ingredientes para superar a elogiada edição de estreia em 2017, que teve como atrações principais os finlandeses Ensiferum, os italianos  Elvenking, para além dos rússos Kalevala e os brasileiros Armored Dawn. A nova edição do festival acontece no próximo dia 20 de outubro, no Espaço 555, em São Paulo, e vai promover o encontro histórico dos renomados Arkona (Rússia) e Týr (Ilhas Faroé), e promete mais uma vez atrair muitos fãs da cultura folk e viking para a capital paulista. O festival também confirmou os grupos Hugin Munin (Santos) e Burning Christmas (São Paulo) como representantes do metal nacional. Para além disso ainda haverá as tradicionais lutas e venda de artigos medievais. O grupo Arandu Arakuaa (Brasília), que também havia sido anunciado como atração nacional, viu sua apresentação ser cancelada esta semana devido a problemas de logística. Desta forma as atrações principais terão um acréscimo de 30 minutos em suas apresentações. Confira os horários confirmados abaixo:


Após participar de importantes festivais na Europa, o ARKONA, um dos grupos mais renomados do folk metal mundial, regressa ao Brasil após sua última tour no País em 2015. Masha “Scream” (vocal), Sergei “Lazar” (guitarra), Ruslan “Kniaz” (baixo), Andrey Ischenko (baterista) e Vladimir “Volk” (wind ethnic instruments) trazem a turnê promocional do recém-lançado álbum Khram. Formada em Moscou, o Arkona representa uma sonoridade peculiar com grande influência do folclore russo, da mitologia eslava em suas letras e sua música incorpora instrumentação tradicional. Todas as composições da banda são cantadas e batizadas em russo, sendo seus álbuns também nomeados nesta língua e com todas as escritas em alfabeto cirílico.

Arkona, a atração principal do festival

Já o Týr, um dos principais nomes do folk/viking Metal Mundial, retorna pronto para conquistar uma nova legião de fãs no País. O grupo liderado por Heri Joensen (vocal/guitarra) e Gunnar H. Thomsen (baixo) segue na estrada promovendo o elogiado álbum ‘Valkyrja’ (2013, Metal Blade). Mesmo com a saída de Terji Skibenæs (guitarra) e Amon Ellingsgaard (bateria), e a convocação imediata dos exímios Attila Vörös (Satyricon/Nevermore/Warrel Dane) e Waltteri Väyrynen (Paradise Lost/Vallenfyre), prometem um novo disco ainda neste ano. O Týr tem como principal característica unir mitologia, música folk e o heavy metal.