Devido ao grande número de álbuns que tive a oportunidade de ouvir durante os últimos 12 mêses (mais de 1300), resolvi mais uma vez listar os 30 melhores que popularam meu iTunes player em 2015.
Em breve disponibilizarei também um podcast destacando músicas de todas essas bandas/álbuns através de uma super playlist com temas inéditos em nossa programação.
Desta vez inclui algumas bandas Brasileiras entre os melhores álbuns, não por puxa-saquismo, mas sim porquê não ficam nem um milímetro atrás das principais referências internacionais em termos de rock e metal mundial.
Trata-se de um TOP de escolhas estritamente pessoal, ordenado alfabeticamente, e que representa bem o carácter sem fronteiras do Metal Open Mind.
Os primeiros 5 grandes destaques de 2015, você confere agora nas sumárias resenhas abaixo.
Gustavo Scafuro
[dj Guzz69]
Décimo segundo trabalho de longa duração do grupo Finlandês AMORPHIS, Under the Red Cloud traz mais vez um trabalho maduro, inspirado nos poemas do épico Kalevala, e cravado com a força ímpar do death metal característico de seus primórdios, porém extremamente bem doseado com as sempre bem vindas incursões folk e progressivas, já habituais nos últimos anos de carreira. O resultado impressiona, principalmente pela notável capacidade de criar paisagens melódicas e refrões memoráveis, feito pouco comum nas bandas congêneres, invariavelmente incapazes de produzir algo original dentro de um gênero tão obtuso como o death metal.
Depois de renascer com o vocalista italiano Fabio Leoni (Rhapsody of Fire) em 2013 na tour de 20 anos do debut Angels Cry, o ANGRA teve paciência e muita competência para produzir sob a alçada de Roy Z, o aguardado regresso de estúdio Secret Garden. Uma obra conceitual que conta com ilustres cantoras convidadas (Simone Simons do Epica e Doro Pesch), para além das surpreendentes incursões vocais do guitarrista Rafael Bittencourt, e da invejável estréia de Bruno Valverde na secção rítmica da banda, trazendo diversidade, muita coesão técnica e emoção, nesta obra que consolida o grupo de Kiko Loureiro (atualmente no Megadeth) como um dos melhores do mundo dentro do heavy metal melódico de contornos sinfônicos.
Arcturian, é o regresso de estúdio da banda de avant-garde metal ARCTURUS que reúne músicos de renome na cena black metal Norueguesa como Hellhammer, Sverd e ICS Vortex. Após um hiato de 10 anos e muitas especulações sobre seu prematuro fim, o projeto mostra que ainda tem muita lenha para queimar com um álbum desconcertante, imprevísivel e surpreendentemente original. Recomendado a fans de Black Metal que buscam um algo mais num gênero demasiadamente restrito e esteriotipado.
Editado na segunda metade de Dezembro, Purple, o quarto trabalho de longa-duração do BARONESS, era ansiosamente aguardado, e rapidamente se transformou num dos destaques do ano, de forma unânime entre críticos e fãs. A banda norte-americana, oriunda de Savannah na Georgia, pratica uma sonoridade híbrida, alternativa e original, que ainda carrega traços da crudeza do início sludge, porém lapidada como um jóia rara, com acabamento progressivo e zeloso de melodiosas harmonias. Um álbum repleto de implosões de energia que cativam faixa a faixa, mostrando um ótimo entrosamento da nova dupla na seção riítmica, Nick Jost e Sebastian Thompson. A cereja do bolo é a belíssima ilustração da capa, mais uma vez a cargo do vocalista John Dyer Baizley.
Apesar de Purgatory ser meu primeiro contato com esta excelente banda de prog-power metal do Canadá, este já é seu terceiro album de longa duração, e o primeiro a ganhar maior exposição fruto do contrato com o selo alemão AFM Records. A sonoridade pesada, dinâmica e extremamente sentimental do BOREALIS, se equipara aos melhores momentos de nomes sonantes do gênero como Symphony X e Evergrey. Uma verdadeira montanha russa de emoção em forma de música, com claro destaque para os vocais emotivos do guitarrista Matt Marinelli.
Em breve disponibilizarei também um podcast destacando músicas de todas essas bandas/álbuns através de uma super playlist com temas inéditos em nossa programação.
Desta vez inclui algumas bandas Brasileiras entre os melhores álbuns, não por puxa-saquismo, mas sim porquê não ficam nem um milímetro atrás das principais referências internacionais em termos de rock e metal mundial.
Trata-se de um TOP de escolhas estritamente pessoal, ordenado alfabeticamente, e que representa bem o carácter sem fronteiras do Metal Open Mind.
Os primeiros 5 grandes destaques de 2015, você confere agora nas sumárias resenhas abaixo.
Gustavo Scafuro
[dj Guzz69]
30
Décimo segundo trabalho de longa duração do grupo Finlandês AMORPHIS, Under the Red Cloud traz mais vez um trabalho maduro, inspirado nos poemas do épico Kalevala, e cravado com a força ímpar do death metal característico de seus primórdios, porém extremamente bem doseado com as sempre bem vindas incursões folk e progressivas, já habituais nos últimos anos de carreira. O resultado impressiona, principalmente pela notável capacidade de criar paisagens melódicas e refrões memoráveis, feito pouco comum nas bandas congêneres, invariavelmente incapazes de produzir algo original dentro de um gênero tão obtuso como o death metal.
29
Depois de renascer com o vocalista italiano Fabio Leoni (Rhapsody of Fire) em 2013 na tour de 20 anos do debut Angels Cry, o ANGRA teve paciência e muita competência para produzir sob a alçada de Roy Z, o aguardado regresso de estúdio Secret Garden. Uma obra conceitual que conta com ilustres cantoras convidadas (Simone Simons do Epica e Doro Pesch), para além das surpreendentes incursões vocais do guitarrista Rafael Bittencourt, e da invejável estréia de Bruno Valverde na secção rítmica da banda, trazendo diversidade, muita coesão técnica e emoção, nesta obra que consolida o grupo de Kiko Loureiro (atualmente no Megadeth) como um dos melhores do mundo dentro do heavy metal melódico de contornos sinfônicos.
28
Arcturian, é o regresso de estúdio da banda de avant-garde metal ARCTURUS que reúne músicos de renome na cena black metal Norueguesa como Hellhammer, Sverd e ICS Vortex. Após um hiato de 10 anos e muitas especulações sobre seu prematuro fim, o projeto mostra que ainda tem muita lenha para queimar com um álbum desconcertante, imprevísivel e surpreendentemente original. Recomendado a fans de Black Metal que buscam um algo mais num gênero demasiadamente restrito e esteriotipado.
27
Editado na segunda metade de Dezembro, Purple, o quarto trabalho de longa-duração do BARONESS, era ansiosamente aguardado, e rapidamente se transformou num dos destaques do ano, de forma unânime entre críticos e fãs. A banda norte-americana, oriunda de Savannah na Georgia, pratica uma sonoridade híbrida, alternativa e original, que ainda carrega traços da crudeza do início sludge, porém lapidada como um jóia rara, com acabamento progressivo e zeloso de melodiosas harmonias. Um álbum repleto de implosões de energia que cativam faixa a faixa, mostrando um ótimo entrosamento da nova dupla na seção riítmica, Nick Jost e Sebastian Thompson. A cereja do bolo é a belíssima ilustração da capa, mais uma vez a cargo do vocalista John Dyer Baizley.
26
Apesar de Purgatory ser meu primeiro contato com esta excelente banda de prog-power metal do Canadá, este já é seu terceiro album de longa duração, e o primeiro a ganhar maior exposição fruto do contrato com o selo alemão AFM Records. A sonoridade pesada, dinâmica e extremamente sentimental do BOREALIS, se equipara aos melhores momentos de nomes sonantes do gênero como Symphony X e Evergrey. Uma verdadeira montanha russa de emoção em forma de música, com claro destaque para os vocais emotivos do guitarrista Matt Marinelli.
25
Colliding Skies é o terceiro trabalho de longa duração do quinteto Australiano CHAOS DIVINE e fruto de receita arrecadada via crowd-funding, recurso cada vez mais comum nos dias de hoje. O grupo pratica um rock/metal progressivo extremamente bem executado, que privilegia a dinâmica e o equilíbrio estrutural de suas composições. Existe uma contenção de intensidade que percorre o álbum e que prende a atenção do ouvinte até o final. Sem dúvida uma banda que já possui uma identidade peculiar, e com potencial mais que suficiente para tornar-se uma referência no gênero.
24
Depois do aclamado Earth Rocker de 2013, o CLUTCH regressa com mais um excelente trabalho calcado no blues rock de raiz, desta feita inspirado na obra de ficção científica de Philip Dick. A fórmula presente em Psychic Warfare é simples e eficaz, composta por temas invariavelmente curtos e diretos, e que atesta a teoria de que menos é mais quando se trata de rock. A exceção que confirma a regra, é a faixa Son of Virginia, a épica "balada" que encerra o álbum.
23
Fundado em Estocolmo pelo vocalista, compositor e produtor Erik Martensson e o guitarrista Magnus Henriksson, em 1999, o ECLIPSE tornou-se rapidamente num dos grandes nomes do Hard Rock oriundo da competitiva Suécia. Armageddonize é seu quinto trabalho de longa duração, e mais um vez repete a fórmula bem sucedida de seu último trabalho Bleed & Scream (2012). Hard'n'Heavy melódico bem executado e produzido, com peso na medida certa, e sem nunca descurar de refrões orelhudos e do potencial radiofônico de suas composições.
22
Sol Invictus do grupo norte-americano FAITH NO MORE marca um dos regressos mais aguardados de 2015, e felizmente não decepciona. Pelo contrário, surpreende mais uma vez pela originalidade e vanguardismo. O hiato era grande, 18 anos da edição de Album of the Year, e 6 anos após o regresso aos palcos de Mike Patton e Cia. Pioneiros na mistura de estilos dentro do rock alternativo, e influente nome em sub-gêneros como o Nu-Metal, o Faith No More prova que a pausa era necessária, mas não definitiva. Sua música é atemporal, e indispensável para quem acredita em música sem fronteiras.
21
Oriundos de Las Vegas, "a cidade do pecado", o FIVE FINGER DEATH PUNCH chega ao seu sexto álbum de longa duração com Got Your Six e se consolida como um dos grandes nomes do metal contemporâneo. Há evidentemente pontos comuns com bandas como Slipknot, porém conseguem ser mais contundentes e impactantes musicalmente, sem necessitar do discutível apelo visual do coletivo de Iowa. De fato, a característica que mais os diferencia, está na composição, que nunca se abstém do peso e da melodia para criar temas memoráveis e desconcertantes em termos comerciais.
20
Meliora é o terceiro trabalho de longa duração dos Suécos GHOST, banda anônima liderada pelo personagem Papa Emeritus, agora em sua terceira linhagem. O visual controverso teve papel preponderante no sucesso alcançado internacionalmente. Já ganharam um Grammy em 2013, participaram do Rock in Rio no ano passado, e estão nomeados para o Grammy deste ano, agora na categoria de Melhor Performance Metal. E quanto a música? Bem, a sonoridade retrô (soft prog), polida e extremamente melódica, pode até não empolgar ouvidos mais exigentes, mas é eficiente, cativa e entretém.
19
Formados na efervecente Gotemburgo em 2006, o GRAVEYARD chega ao seu quarto trabalho de originais, dando continuidade a sua saga revivalista do rock psicadélico dos anos 70. Apesar do intenso cheiro a naftalina (ou seria cannabis?) de Innocence & Decadence, o álbum funciona como uma agradável viagem no tempo, diretamente para uma época onde fazer rock puro e despretensioso era tarefa simples para músicos normais e inspirados.
18
O KADAVAR é um trio Alemão cuja sonoridade se encontra algures entre o rock psicadélico e o stoner rock. Basta imaginar o resultado do cruzamento entre Led Zeppelin e Black Sabbath, para ter uma pequena idéia do que esperar. Eles são uma banda relativamente nova, fazem parte do cast da Nuclear Blast, e Berlin é o seu terceiro trabalho de originais. Eles gravam ao vivo em estúdio, e com equipamento analógico. Mais retrô que isso impossível.
17
Cheguei a duvidar do futuro do KAMELOT sem o carismático vocalista Roy Khan, mas depois de Silverthorn (2012) e deste Haven, tenho que admitir que Tommy Karevik (ex-Seventh Wonder) encaixou como uma luva no Power Metal de contornos sinfônicos da banda. Aliás, a interpretação vocal de ambos é muito semelhante, mas Tommy tem os seus méritos também. Quanto ao álbum em si, as supresas ficam por conta das participações especiais das vocalistas Alissa White-Gluz (Arch Enemy) e Charlotte Wessels (Delain) em algumas faixas deste ótimo CD.
16
Here Come the Sun é o meu primeiro contato com esta ótima banda Francesa, o KLONE. Embora tenha ficado fascinado com seu competente rock atmosférico/progressivo, este já é o quinto trabalho de longa duração de uma carreira que teve início há 20 anos quando ainda se chamavam Sowat. A sonoridade do grupo perdeu o groove e o peso ao longo dos anos, mas ganhou maturidade de composição. Temas longos, invariavelmente lentos, mas que crescem em intensidade sem nunca precisar pisar no acelerador. Refrescante, emocional e inspirador.
15
O LEPROUS é uma das bandas que mais me tem fascinado nos últimos tempos. Formados na Noruega em 2001, praticam um metal progressivo soturno e emocional como poucos. Depois do arrebatador Coal de 2013, as expectativas eram demasiadamente altas, no entanto a banda conseguiu a proeza de igualar a fasquia com este The Congregation. O que mais impressiona é a originalidade, aliada a uma extrema competência técnica e produção cristalina. A música é por vezes intrincada, sincopada, mas sem exageros de execução, e cresce a cada audição. Já a interpretação vocal de Einar Solberg é emotiva e cativante, e nos transporta com segurança por reinos obscuros e inexplorados de sua alma.
14
Outra grata revelação deste ano é o grupo de rock alternativo MAN AS MACHINE. Oriundos da África do Sul, praticam uma sonoridade que nos remete ao início do movimento grunge, muito por "culpa" do guitarrista Rob Visser, cuja potente voz por vezes nos recorda Chris Cornell (Soundgarden). Patterns é o seu segundo trabalho de estúdio, e traz 11 canções rock, honestas e sem firulas. Não têm o apelo comercial dos compatriotas Seether, mesmo assim mostram potencial para serem grandes também.
13
Pouco conhecidos no Brasil, o MUSTASCH é mais uma daquelas bandas energéticas e batalhadoras da cena Hard Rock Suéca. Surgiram em 98 e já lançaram 8 albuns de longa duração, sem contar vários EP, e discos compilatórios. Testosterone é a mais nova descarga sonora, onde peso e melodia são doseados com maestria por Ralf Gyllenhammar e Cia. Momentos explosivos como Down To Earth e a faixa título, são intercadados com temas mais cadenciados, e até baladas. Nada ao acaso, tudo muito bem feito e interpretado, e no geral o resultado é mais do que satisfatório.
12
Confesso que relutei um pouco em incluir esta estréia de longa duração do projeto MYRKUR entre os melhores de 2015. Definitivamente, o Black Metal não está entre os gêneros musicais que mais aprecio, porém há diversos fatores em M que chamam a atenção e merecem o devido destaque. O diferencial da proposta está na dicotomia vocal da Dinamarquesa Amalie Bruun, e na abordagem "de extremos" pouco convencional dentro do gênero. A moça consegue ir do céu ao inferno sem pestanejar! Musicalmente o álbum contempla uma ambiência gótica, quase angelical, que invariavelmente descamba em rasgos de intensidade crua e desenfreada.
11
Outra estréia em longa duração dígna de registro é Holy Charade do grupo PSALMS FOR THE DEAD SUN. Tive o prazer de conhecer e entrevistar a banda ao produzir o especial Atlas do Rock dedicado a Finlândia, e fiquei muito bem impressionado, não só pela simpatia e descontração de seus integrantes, como por sua música intrigante e original. Difícil de catalogar, sua sonoridade têm como referência o rock pesado e melancólico, beirando o doom metal, mas é a voz limpa e sensual de Jenny Malmberg que faz a diferença, trazendo um lado trip-pop poucas vezes visto dentro da música pesada.
10
Acompanho o trabalho do Porto-Riquenho Jeff Scott Soto desde a primeira metade da década de 80, quando deu voz aos dois primeiros álbuns do então jovem guitarrista Suéco Yngwie Malmsteen. Em mais de 30 anos de uma carreira irrepreensível, foi a voz e alma de inúmeros projetos, tendo como auge as tours com Journey em 2006/2007. Jeff é incansável, e quando não está envolvido em algum novo projeto, concentra-se em sua carreira solo. Após 5 álbuns em nome próprio, decide agora fundar a banda S.O.T.O, promovendo os músicos que o acompanhava nas últimas tours. Entre eles estão dois Brasileiros, a dupla BJ (guitarra/teclas) e Edu Cominato (bateria), para além do experiente baixista David Z.. Ligeiramente mais pesado que seus últimos trabalhos a solo, Inside the Vertigo surpreende pela destreza e coesão dos músicos, num álbum consistente e bem variado, com alguns requintes de modernidade pouco explorados pelo cantor até então.
9
O SKINTRADE é um quarteto oriundo da Suécia, liderado pelo incrível vocalista Matti Alfonzetti, e que demonstrou extremo potencial com a estréia homônima editada em 1993. Com o apogeu do grunge, a década de 90 foi cruel para bandas de hard rock, e o grupo sucumbiu prematuramente. Após insistentes pedidos de fãs, retomam atividades em 2011, editam Refueled em 2014 e agora repetem a dose com o excelente Scarred For Life. Não dá pra acreditar como uma banda tão boa pôde estar no limbo por tanto tempo. Enfim, o importante é que voltaram, afiados e contundentes, com um Hard Rock melódico com pegada, e que não desapontará os fãs mais exigentes do gênero.
8
Parece incrível, mas já se passaram 34 anos desde a fundação deste titã norte-americano que ajudou a estabelecer as bases do Thrash Metal. Neste tempo, o SLAYER foi capaz de sobreviver diversas intempéries, das indas e vindas de bateristas, à doença e consequente morte do guitarrista original Jeff Hanneman. Muitos duvidaram que a banda conseguiria seguir em frente com apenas metade de sua formação original, porém Tom Araya e Kerry King trataram de recrutar substitutos à altura e voltaram a carga com mais um petardo, Repentless, o primeiro fruto do contrato com a Nuclear Blast. Gary Holt e Paul Bostaph, que já haviam tocado juntos no Exodus, encaixaram-se muito bem na engrenagem oleada da banda, acalmaram a angústia dos fãs de carteirinha, e prometem manter a chama viva do "matador" da Califórnia por muito mais tempo.
7
Completando vinte anos de carreira, os Suécos SOILWORK regressam com mais um álbum bombástico e majestoso, The Ride Majestic, o décimo em sua auspiciosa tarefa de tornar o metal extremo num gênero mais melódico e acessível. Dá pra contar nos dedos o número de bandas que consegue criar refrões harmoniosos e memoráveis por cima de blast-beats desenfreados. Competente, técnico e voraz, o quinteto liderado pelo vocalista Björn "Speed" Strid (único remnescente da formação original) é sem dúvida uma das principais referências na evolução da música extrema atual.
6
Outro gigante do prog-metal a completar 20 anos de carreira é o SYMPHONY X, e Underworld está aí para provar que o grupo continua a dar cartas com extrema competência técnica e capacidade de composição. 2015 foi de fato um ano concorrido para seu vocalista Russel Allen, que se dividiu entre diversos projetos (Adrenaline Mob, Level 10 e Joel Hoekstra's 13), fazendo dele um dos vocalistas mais respeitados e requisitados da música pesada atual. Quanto ao álbum em si, foi inspirado nas obras de Dante Alighieri (Inferno e Orpheus in the Underworld), e mesmo não sendo um álbum conceitual, suas músicas funcionam com assim fosse. Intensas e memoráveis, complexas e acessíveis, diretamente do submundo para o mainstream.
5
Praticantes de uma sonoridade pouco comum em território nacional, os Curitibanos THIRDEAR destacam-se pela ousadia e originalidade de sua estréia em longa duração Resilience, editada de forma independente em Abril do ano passado. A identidade da banda é calcada na conjunção de estilos que vão do rock progressivo ao metal mais extremo e cacofônico, com direito a incursões jazzístiscas. O trampo foi mixado e masterizado na Suécia, por Daniel Bergstrand e Giorgos Nerantzis, nomes ligados a bandas como Nightrage e Meshuggah. Aliás, há aqui algumas similaridades a apontar com o Djent do Meshuggah, banda a quem tiveram a oportunidade de abrir em sua primeira vinda ao Brasil em 2013. O que os diferencia dos Suécos são os contrastes entre vocais limpos e urrados de Júlio Miotto. Não é um disco fácil de digerir, mas deixa transparecer grande potencial.
4
Surgiram em 2000 em Orlando, Flórida, e após 3 anos editam seu debut pela Lifeforce. Pouco tempo depois assinam com a Roadrunner, e de lá pra cá já somam 6 álbuns pela gravadora. O TRIVIUM é um daqueles grupos da nova era do heavy metal, que em busca de uma identidade própria, vão tentando de tudo um pouco. Difíceis de catalogar, já estiveram associados a estilos como thrash metal, metalcore e death metal. Em Silence in the Snow optam por uma abordagem ainda mais melódica que a habitual, principalmente nas harmonias vocais de Matt Heafy, atualmente o único membro da formação original. O peso ainda está lá, as variações ritmicas e o ótimo trampo das guitarras também. Talvez a maior novidade fique por conta da total ausência de vocais rasgados, e da tonalidade épica de alguns temas. No geral, um ótimo trabalho, homogêneo e memorável.
3
Depois de um longo hiato, o grupo de folk metal TUATHA DE DANANN oriundo de Varginha, Minas Gerais, regressa com seu quarto trabalho estúdio, o excelente Dawn of a New Sun. O sexteto liderado por Bruno Maia é sem dúvida o maior representante do gênero no Brasil, e tem cacifo para ser um dos maiores do mundo. O amadurecimento dos músicos é notório, a produção é ótima, e as composições reúnem todas as características habituais do gênero. De quebra o CD ainda traz a participação especial do mítico Martin Walkyier (Skyclad) nas vozes de Rhymes Against Humanity. Um regresso muito aguardado que revigora a essência da música Celta nos dias hoje.
2
Quem tinha saudade do heavy metal mais tradicional de contornos épicos, pôde se deliciar com a estréia de longa duração dos norte-americanos VISIGOTH. Apesar dos eventuais clichês do estilo, o que mais impressiona em The Revenant King é a homogeneidade e honestidade da proposta. O quinteto de Salt Lake City encarna de corpo e alma a história de um povo, suas épicas batalhas, sacrifícios e profecias; e musicalmente faz um resgate nostálgico dos bons tempos da N.W.O.B.H.M. Outra grande referência na sonoridade é Manilla Road, a quem prestam tributo na versão de Necropolis. Espero sinceramente que não desapareçam prematuramente como os Suécos Heavy Load, mas também torço para que não se tornem redundantes como os conterrâneos Manowar.
1
Entre as inúmeras estréias dentro do rock/metal "orelhudo" de 2015, não tem como não destacar A Thousand Words do grupo Inglês WEARING SCARS. O quinteto conta com o excelente vocalista Chris Clancy (ex-Mutiny Within) e os riff pesados de Andy James (ex-Sacred Mother Tongue), que desfilam competência, intensidade emocional, e potencial radiofônico nas 13 canções do CD. Certamente um grupo com incrível potencial, que soube amadurecer a partir dos fracassos e cicatrizes de experiências passadas. Recentemente finalizaram a tour européia com Tremonti, e estão prontos para invadir o mercado norte-americano.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estes foram alguns dos principais destaques em termos de lançamentos do universo rock/metal sem fronteiras editados no ano passado. Em breve será disponibilizado um podcast especial com músicas de todas as bandas deste TOP30, com direito a transmissão exclusiva pela Rádio Rock Nation. Até lá já podem conferir a video playlist abaixo dedicada ao especial, e publicada em nosso canal do youtube.
Quem perdeu a trasmissão inédita do último podcast do ano passado, pode agora conferir o streaming/download através de nossos canais PodOmatic, Mixcloud e Hearthisat.
O programa destacou somente lançamentos de 2015 inéditos na programação.
Bandas e artistas da playlist por ordem alfabética: Axxis, Black Majesty, Blind Guardian, Conquest, Deep Purple, Devil's Train, Dreamtale, Evergrey, Flying Colors, Gemini Syndrome, Gus G., Jimmy Lardner-Brown, Joe Satriani, Like a Storm, Lindemann, Mass Hysteria, Paul Wardingham, Protest the Hero, Rush, Santa Cruz, Sevendust, Skindred, Soilwork, Testament, Trivium, Vinnie Moore, Vision Divine e Wearing Scars.
Para janeiro estamos preparando o regresso do ATLAS DO ROCK com um especial dedicado ao continente Asiático, e também o nosso TOP30 de albuns de 2015. Quem nos acompanhar nas tardes de quarta-feira (17-19hs) na Rádio Rock Nation terá também a oportunidade de relembrar alguns de nossos episódios mais populares do ano que findou.