Estriver - Outcry (RE22, WormHoleDeath Label)

By Guzz69 - junho 07, 2022

Decidi retornar aos reviews aqui no blog como forma de retribuir às centenas de promos digitais recebidos nos últimos 7 meses. Quem acompanha nosso canal no youtube sabe que nos últimos anos fiz uma série de reações aleatórias para dar vazão a esse material promocional que recebo mensalmente na minha caixa postal. Até poder retornar com a série em vídeo, irei destacar por aqui os melhores álbuns que recebi no último trimestre do ano passado.

O Estriver é um grupo italiano oriundo de Trieste e este é o seu primeiro trabalho com esta denominação, visto que previamente haviam lançado dois álbuns como Bluerose. Este é um detalhe importante a ressaltar pois o grupo apresenta em Outcry um trabalho sólido e extremamente competente, raramente testemunhado em álbuns independentes de estreia. Segundo o press release que acompanha este lançamento, Outcry é também a parte final da trilogia iniciada com os álbuns Fallen From Heaven e Darkness and Light do projeto Bluerose. Não sei por que decidiram alterar o nome da banda em 2019, mas fica aí o registro para uma melhor compreensão do momento atual do grupo. 

Bluerose agora rebatizado de Estriver

O quinteto pratica um Hard Rock bem pesado e melódico com algumas influências progressivas que me fizeram lembrar o saudoso grupo holandês ELEGY, sem a velocidade e a componente neoclássica do mesmo, é claro. O vocalista Piero Pattay é para mim o grande destaque do grupo com excelente performance vocal, lembrando por vezes o grande Mats Levén ou mesmo Ian Parry do citado Elegy.

O primeiro single The Dreamer é um excelente exemplo da qualidade do grupo, e até ganhou um ótimo videoclipe que me foi enviado pela promotora WormHoleDeath no final do ano passado, muito embora o álbum tenha sido lançado de forma independente em Março de 2021. O grupo trata de temas existenciais em suas letras (desilusão, conflitos, rejeição, etc) e propõe um nível mais alto de conhecimento e consciência para a raça humana. A ilustração da capa do álbum reflete, de certa forma, essa intenção de equilibrar sentimento e conhecimento nesta jornada de elevação para a humanidade.

No total são 12 músicas em quase uma hora de duração que não irá decepcionar os apreciadores de um hard’n heavy com doses equilibradas de peso e melodia, ótima produção (moderna mas sem modernices) e excelente performance instrumental dos músicos envolvidos. Difícil destacar algum tema em especial num álbum tão nivelado por cima, mas fico com a pesada Slavery, a cadenciada The Man Who Could Fly e o cativante single The Dreamer. Confira o clipe abaixo e/ou procure o CD físico relançado mundialmente este ano pelo selo da WormHoleDeath.

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