Algebra - Chiroptera (2022, Unspeakable Axe Records)

By Guzz69 - outubro 12, 2022



Os thrashers suíços do ALGEBRA chegam este ano ao seu quarto álbum de estúdio em longa duração com este ótimo Chiroptera, lançado no passado mês de Setembro pelo selo grego Unspeakable Axe Records. Ativos desde 2008 e liderados pelo guitarrista/vocalista Chaos Edy, apresentam neste regresso um novo line-up com a presença de Victor Brandt (Witchery) no baixo, Nick Abery na segunda guitarra, e Florent Duployer na bateria. Victor é o mais rodado entre os novos integrantes, tendo gravado álbuns com Entombed, Firespawn e Satyricon, assim como guitarrista em tours do Dimmu Borgir, Six Feet Under, e The Haunted, entre outros. Apesar das mudanças, a proposta do grupo se mantém inalterada, um thrash metal vigoroso e bem trabalhado, que muitas vezes nos fazem lembrar o grandioso, e agora extinto, Slayer. No entanto, ao longo dos 10 temas (+intro) do novo álbum, o grupo se mostra antenado a nuances mais modernas do gênero, e não se inibe de pontuar alguns experimentalismos aqui e acolá (blast-beats inclusos), contando com uma ótima e digna produção, provavelmente a melhor de sua carreira.

A nova e poderosa formação do Algebra!

O instrumental sólido e bem trabalhado é o destaque do álbum, mas é preciso dizer que o vocal de Ed Nicod se encaixa perfeitamente na proposta do grupo. Ele tem um registro forte, quase numa linha hardcore, mas que lembra bastante os registros semi-graves de Tom Araya, sem os clássicos gritos agudos, é claro. Aliás, há momentos em que Edy até tenta cantar mais limpo em canções como Constricted (a lá VoiVod), Suspect, Eternal Sleep e The Great Deception por exemplo. A veia melódica do grupo está de fato bem aflorada, principalmente em algumas partes acústicas e principalmente nos solos de guitarras. A sucessão de riffs é no entanto de tirar o fôlego, um constante convite ao headbanging, e dentre as mais bem conseguidas destaco a impiedosa Resuscitation (quase um crossover hardcore) e a fantástica Kleptomaniac,  o primeiro single retirado do álbum, e que pode ser conferido no video abaixo.


A arte da capa, assinada por Adam Burke, também é digna de nota. Trata-se de uma pintura de um morcego pendurado em sua posição de descanso, ele que é o único mamífero (da ordem de Chiroptera) capaz de voar. Nas últimas décadas, descobriu-se que os morcegos atuam também como reservatórios de coronavírus, e podem estar relacionados à origem da pandemia de Covid-19, tema que o grupo explora na canção que dá nome a este ótimo álbum. Confira!

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