Debreed - Nexus EP [2019, Independente]

By Guzz69 - novembro 04, 2019


Há cerca de um ano, assisti ao DEBREED ao vivo em uma das semifinais do festival Time4Music (Z Carniceria), e posteriormente na grande final (Carioca Club) onde terminaram com um honroso terceiro lugar. Em ambas as apresentações que presenciei, pude constatar uma sonoridade post-grunge (post Nu-Metal?) que flerta com o peso do metal sem necessariamente aderir a qualquer clichê mais óbvio do gênero. Foram sem dúvida a banda 'pesada' com melhor resultado entre todas as que passaram pelas eliminatórias, e olha que haviam nomes mais sonantes da nova geração como Kryour, Eutenia, Karyttah, entre outros.

Debreed na premiação da final do festival Time4Music 2018
A banda surgiu há 5 anos em São Paulo, formada por Thiago 'Jozzi' nos vocais, Jorge Torres na guitarra, Rodolfo Liberato no baixo, e Renan Gianullo na bateria, e se encontra a gravar e produzir seu álbum de estreia em longa duração. Em Agosto passado o quarteto soltou nas plataformas digitais o  EP Nexus com 4 temas de seu repertório, e logo em seguida um videoclipe para o tema Monster. Para minha surpresa acabei recebendo um exemplar físico (digifile de 2 painéis entre outras peças de merchandising) muito bem caprichado, e com uma arte intrigante que pontua 6 fases da lua.


Musicalmente o grupo recupera uma sonoridade pesada e melódica, porém pautada em andamentos a meio tempo, intensos mas nunca extremos, com bons riffs, bons grooves e solidez rítmica. A voz de Jozzi é um dos destaques, sempre contida e bem colocada, com ótima dicção do inglês, conseguindo interpretar bem as emoções retratadas nas letras sem nunca exagerar o tom. Entre as quatro músicas do EP a minha preferida é Traveling Through Time, pois nela o grupo sintetiza tudo o que de melhor pode oferecer em termos de composição e interpretação, ou seja, um tema impactante, orelhudo e cheio de emoção.

Jozzi, voz do Debreed
Mais um grupo para ficar de olho em 2020, principalmente para quem ainda curte bandas como Staind e Sevendust (sem a pegada mais extrema deles), mas principalmente nomes como Alice in Chains, Alter Bridge ou até mesmo Tool (a fase inicial menos prog), o que em se tratando de Brasil, não é muito comum com este nível de qualidade.

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