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O BLACK STONE CHRERY é um quarteto de Hard Rock norte-americano oriundo de Edmonton, Kentucky. Este é seu quinto trabalho de longa duração e o primeiro por sua nova editora, a Mascot Label Group. O disco traz 12 novas canções de extremo bom gosto, com muito groove e peso que baste também. A banda é excelente, e tive a oportunidade de conferir todo o seu potencial ao vivo quando da passagem pelo Brasil no Maximus Festival em Setembro passado. A banda assume com muita personalidade influências que vão do Soul ao R&B, dando amplitude e memorabilidade ao seu post-grunge de cariz sulista. A voz do guitarrista Chris Robertson continua a ser destaque em Kentucky, sempre potente e emotiva, mas é o conjunto da obra que torna este disco tão especial. Afinal são ótimos músicos, e sabem tocar com alma (Soul Machine) e simplicidade (The Rambler) também.
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O BORKNAGAR é um daqueles grupos que nasceram da necessidade de quebrar barreiras impostas por gêneros musicais limitativos. O guitarrista Norueguês Øystein Brun fundou a banda em 95 disposto a criar uma sonoridade mais melódica e progressiva dentro de uma cena musical cada vez mais extrema em seu País. Desde então lançou 10 álbuns de estúdio, sendo este Winter Thrice sua mais recente obra prima. Lembro que foi dos primeiros álbuns a me chamar a atenção no ano passado, pois com poucas audições era possível sentir algo único e especial sobre o mesmo. O álbum transporta o ouvinte em uma incrível viagem por mundos frios e desconhecidos, porém sem nunca nos abandonar pelo caminho. Pelo contrário, somos envolvidos por melodias de extremo bom gosto, o que nos faz sentir seguros e imponentes diante das tempestades sonoras que invariavelmente enfrentamos até o final.
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O Stoner Rock esteve em evidência no ano passado com muitos shows de bandas gringas expoentes do gênero pelo Brasil, bem como por inúmeros lançamentos de bandas nacionais identificadas com essa onda retrô do estilo. O CATTARSE é uma dessas bandas a dar o seu contributo com muita personalidade em Black Water, seu segundo álbum de longa duração. O trio gaúcho foi formado em 2008 pelos irmãos Igor (guitarra e voz) e Yuri (baixo), aos quais se juntou o baterista Diogo Stolfo em 2012, consolidando a formação atual. Nos 9 temas do CD destilam um rock intenso e emotivo, com surpreendente maturidade e coesão. Sem dúvidas um lançamento diferenciado dentro do gênero, que cresce a cada audição, revelando um experimentalismo intrínseco pouco comum em bandas nacionais que bebem influências da fonte "Sabattiana".
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Numa era em que muitos proclamam o fim do rock'n'roll, surge mais um super grupo para desafiar os mais céticos. O THE DEAD DAISIES foi formado em Sydney, Austrália pelo guitarrista David Lowy em 2012, mas conta atualmente com alguns integrantes do mais alto escalão do Hard Rock norte-americano, tais como o guitarrista Doug Aldrich, o baixista Marco Mendoza e o excelente vocalista John Corabi. Make Some Noise é seu terceiro trabalho de longa duração e inclui 12 canções orelhudas, com ritmos contagiantes, e repletas de energia positiva e descontração. Um álbum capaz de entreter os mais jovens entusiastas do Hard Rock, e também manter a esperança de quem cresceu ouvindo bandas como Aerosmith, Van Halen ou Guns'n'Roses.
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Regresso em 2016 desta veterana banda de metal progressivo oriunda da Itália. Com mais de 20 anos de carreira chegam ao seu nono álbum de longa duração, mantendo o alto padrão musical patente em seus últimos trabalhos, nomeadamente os 3 três últimos desde a entrada do excelente vocalista Mark Basile. Apesar de algumas similaridade estilísticas com os norte-americanos Dream Theater, considero atualmente o DGM uma banda bem mais cativante e interessante, e The Passage é mais uma prova de que extremo bom gosto musical pode criar canções memoráveis num gênero musical muitas vezes pontuado por exageros instrumentais e referências demasiadamente óbvias. O álbum ainda conta com convidados especiais de peso como o vocalista Tom Englund do Evergrey na faixa Ghosts of Insanity, e o guitarrista Michael Romeo do Symphony X na faixa Dogma. Sem dúvidas um prato cheio para os fâs de metal progressivo.
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