segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Anunciados os 6 classificados da última eliminatória do festival TIME4MUSIC



Ontem, dia 7 de Outubro, aconteceram as duas últimas eliminatórias do concurso de bandas organizado pela OLB Produções, complementando assim a rodada iniciada no Sábado. Como habitual, cada eliminatória contou com 6 bandas atuando em 3 casas distintas de São Paulo. Do grupo M avançaram as bandas Branco ou Tinto e Contra Maré em evento realizado na Z Carniceira (Pinheiros). Do grupo N avançaram as bandas Balls e O Porto em evento realizado no Skull Bar (Itaim Bibi). Por fim, do grupo O avançaram as bandas O Acaso Mora ao Lado e Submerso, em evento realizado no Santo Maia (Tatuapé). Desta forma, encerrou-se a primeira fase eliminatória do concurso, com o avanço de 30 bandas semifinalistas, as quais somam-se as 5 mais votadas na repescagem geral: Zombie Jaeger Khan, O Espelho do Zé, Mardita, Foraz e Ohana.

Última eliminatória apresentada por Arthur Ernandes no Z Carniceira
O Metal Open Mind esteve presente no Z Carniceira, durante a quinta e última rodada eliminatória do Time4Music, na qual saíram classificadas as bandas Branco ou Tinto e Contra Maré. Domingão de eleições no País, acabou atrapalhalhando a presença de público, que em condições normais lotaria a casa paulistana. Após um pequeno atraso, a noite arrancou com a banda Abôrigens, um projeto interessante que funde ritmos da cultura hip hop com algumas experimentações à mistura. O grupo, que em alguns momentos me lembrou o projeto inglês Smoke City (trip hop), fez uma boa apresentação de seu repertório autoral, com seu mix de reggae, dub, rap e blues rock, mas acabou sendo desclassificado por ter ultrapassado o tempo limite determinado pela organização.

Evellyn Gomes, vocalista do grupo Abôrigens
O jovem grupo post-grunge Contra Maré, também foi muito bem ao resgatar temas clássicos do UFO ("Rock Bottom" e "Doctor Doctor") e outros do início dos anos 90 como "Man in the Box" (Alice in Chains) e "Take the Power Back" (RATM), este último dedicado ao atual momento político vivido no País. No final apresentaram um tema original ainda inédito, com uma sonoridade rock de inegável herança grunge. O grupo acabou classificado por voto popular, o que de certa forma surpreendeu. Não que não tenham talento, a vocalista Julia Dillon por exemplo foi o maior destaque do show, porém o grupo ainda têm um longo caminho pela frente. É preciso concentrar-se mais na composição autoral, e deixar para trás os covers e o estigma de banda de garagem.

Julia Dillon, vocalista do grupo Contra Maré, classificado pelo voto popular
Problemas técnicos atrasaram bastante o início da apresentação do experiente grupo NaGuetta. Talvez por isso tenham perdido a noção do tempo que tinham disponível para sua apresentação, fato este que viria a justificar a sua desclassificação. De longe a melhor apresentação da noite, num mix de rock, reggae e soul, o grupo apresentou temas autorais de grande qualidade, com muito groove, entrosamento instrumental (destaque para seção rítmica casada com trompete e trombone), letras inteligentes e uma interpretação convincente do vocalista/guitarrista Roger Silva. Infelizmente mais um ótimo concorrente que fica pelo caminho...

O carismático Roger Silva, do grupo NaGuetta
A próxima banda a subir ao palco também teve problemas, mas desta vez não por questões técnicas. O grupo Illuhmina, oriundo de Guarulhos, se apresentou com um forte desfalque em sua formação. Poucos dias antes do show, o guitarrista Windson Takeda sofreu um acidente, e encontra-se internado no hospital aguardando cirurgia no pé. Reduzidos a quarteto, o grupo que é extremamente técnico, sentiu a falta do músico e não conseguiu criar uma massa sonora coesa que pudesse destacar a presença de Fábio Durval, seu novo vocalista. O som do baixo não se percebia com nitidez, e o timbre da guitarra não estava legal... É duro ter que relatar isso, visto que era a única banda com influências de heavy metal na noite. Enfim, não tenho dúvidas que em outras condições teriam feito um show mais convincente.

Fabio Durval, o novo vocal do Illuhmina
Na sequência tocou o grupo Branco ou Tinto (B.O.T.), um trio formado há 10 anos e que trouxe a palco uma proposta rock autoral bem interessante. Formado por Jimi Moraes (voz e guitarra), Welton Chigeta (baixo) e Brunno Negrão (bateria), fizeram uma apresentação sólida com muita influência de blues rock. O criativo baixista tocou de meias (!), inquieto em palco, até arriscou alguns malabarismos com seu instrumento. O guitarrista Jimi Moraes foi bem mais contido, porém chamou a atenção, principalmente nos solos. Me fez lembrar outro Jimi incontornável na história do rock, o Hendrix.

Jimi Moraes, voz, guitarra e alma do Branco ou Tinto
Para encerrar a noite, e esta última eliminatória do Time4music, tivemos a apresentação da banda Mundie. O quarteto fez um show apenas razoável com seu pop/rock autoral. O vocalista/guitarrista Vini ainda conseguiu arrancar palmas do pequeno público presente, mas no geral foi uma apresentação bem genérica, burocrática, sem grandes pontos de interesse ou empolgação.

Vini, voz e guitarra do Mundie
Com o fim das eliminatórias, começa a fase decisiva para os 35 candidatos que irão disputar as semifinais. Serão apresentações simultâneas, três no dia 21 de Outubro, e duas no dia 28 de Outubro. Desta vez serão 7 bandas em cada uma destas semifinais. O voto popular continua sendo muito decisivo para as bandas continuarem a sonhar com a grande final em Dezembro, sem contar é claro com o voto do juri que será responsável pela indicação de 5 finalistas. Abaixo segue a tabela atualizada pela organização. Nos encontraremos em breve em uma das semifinais, até lá!


Texto e Fotos: Gustavo Scafuro

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