MOM TOP30 2017 Countdown - DEEP PURPLE

By Guzz69 - dezembro 10, 2017



Nos próximos dias o Deep Purple irá fazer 3 shows no Brasil, nesta que será a última oportunidade do público Brasileiro ver de perto, lendas vivas como Ian Gillan, Roger Glover, Don Airey e Ian Paice.

Infelizmente, nunca tive a oportunidade de assisti-los ao vivo, e também não vou conseguir estar presente nesta "The Long Goodbye Tour". Da mesma forma que perdi a "The End" do Black Sabbath no ano passado. Até considerei alterar meus planos desse dia para assistir o festival Solid Rock, porém com a mudança de line-up, Cheap Trick no lugar do Lynyrd Skynyrd, acabei desistindo de vez. Talvez me arrependa, afinal os septagenários do Deep Purple ainda estão mandando muito bem, pelo menos em estúdio, vide este ótimo "inFinite".

Desde 94 que o line-up se mantém estabilizado com Steve Morse nas guitarras, o mais jovem da banda com 63 anos! Exceptuando é claro, a entrada do tecladista Don Airey após a morte de Jon Lord em 2012. Dos últimos 6 álbuns de estúdio, somente este "inFinite" me chamou realmente a atenção. Talvez seduzido pela belíssima fotomontagem da capa, onde o símbolo do infinito aparece desenhado pelos rastros da passagem de um navio pela crosta congelada do oceano. Até o logo surge renovado surgerindo classe e leveza, um cuidado com a imagem que não se via do Deep Purple desde o "Abandon" de 98. Já iscado pelo gancho da capa e do single de avanço "Time for Bedlam", separei o álbum para ouvir com calma, e me surpreendi em alguns momentos, e no geral gostei bastante.

Claro que não há nada bombástico aqui, nada muito fora do universo rock da banda, porém nada descartável também! Muito pelo contrário, o bom gosto predomina de forma homogênea do princípio ao fim da audição. Mas você precisa estar fisgado, pois quando se trata de músicos gabaritados com estes, não tem como produzir algo ruim ou decepcionante para ouvidos calejados.

Musicalmente, este vigésimo álbum de estúdio traz nove boas novas canções, para além de uma despretensiosa versão de "Roadhouse Blues" do The Doors. No geral muito groove, muita alma, muito blues, muita ginga, muita sabedoria, muita envolvência musical, muito Purple.

Me agrada especialmente quando tocam territórios progressivos, tal como na faixa de abertura "Time to Bedlam", num claro piscar de olho a suas origens. Outra faixa interessante é "The Surprising" cujo clipe abaixo é bem ilustrativo dessa nova fase. Uma canção longa, mas que em alguns momentos nos remete a sua gênese progressiva.





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